Em uma instituição de saúde, para que a equipe médica esteja sempre pronta para cuidar da saúde dos pacientes, é preciso que uma equipe de RH esteja provendo todo o suporte para que não só os médicos, mas também os outros recursos humanos envolvidos nessa operação –enfermeiros, recepcionistas, técnicos, profissionais de manutenção, entre outros – estejam satisfeitos com o ambiente de trabalho.

Os desafios do RH no setor de saúde são inúmeros, mas podemos destacar os 4 principais:

Alta taxa de rotatividade

Especialistas em RH indicam que a taxa média aceitável de rotatividade em uma empresa é de 5%. No setor de saúde, principalmente entre as equipes de enfermagem, diversos estudos apontam que essa taxa é muito mais alta. Estudo realizado em nove hospitais de Ribeirão Preto (São Paulo) – um público, três filantrópicos e cinco particulares – apresentou taxas de rotatividade acima de 50% nos filantrópicos e particulares.

Sandra Bertelli, autora do livro “Gestão de pessoas em Administração Hospitalar” ressalta que uma das maiores causas da rotatividade é a presença de processo inadequado de recrutamento e seleção. “Um recrutamento deficiente acaba gerando consequências negativas como, por exemplo, a alta rotatividade de funcionários, o aumento desnecessário dos custos para o recrutamento e poderá levar ao comprometimento do ambiente de trabalho, por recrutar profissionais pouco qualificados, acarretando, assim, sérios prejuízos à instituição”.

Outra forma de reduzir a taxa de rotatividade é investindo em programas de treinamento e desenvolvimento, que entreguem uma melhor experiência aos funcionários.

Falta de pessoal qualificado

Novas tecnologias como os aplicativos de saúde, ferramentas de colaboração, novos equipamentos de exames, entre outras, têm exigido novas habilidades de todas as equipes da área de saúde. Mas, mesmo com a certeza de que essas tecnologias podem agilizar o atendimento, entregando informações em tempo real, pesquisa da Kantar Health aponta que, nos Estados Unidos, esse cenário ainda não está consolidado. Apesar de quase metade dos consumidores entrevistados declararem que tinham uma opinião positiva sobre as tecnologias usadas para saúde, tais como rastreadores fitness ou apps móveis que ajudam a monitorar a saúde, quase 60% não estavam familiarizados com alguns dos dispositivos mais comuns, como sistemas de monitoramento de glicose ou monitores de pressão arterial conectados à Internet.

Além disso, o estudo, que coletou dados de diversas pesquisas conduzidas ao longo de 2017 e 2018 – com consumidores e médicos -, também documentou como os baixos níveis de recomendação desses apps e dispositivos por médicos estão contribuindo para a lenta adoção desse tipo de tecnologia. Menos de 30% dos médicos entrevistados declararam que haviam recomendado apps para saúde geral e bem-estar, “wearables”, dispositivos ou sistemas médicos de monitoramento ou medição conectados à Internet. Os analistas da Kantar destacam que para agilizar a adoção das novas tecnologias é preciso investir na educação tanto dos pacientes quanto dos médicos.

Conformidade e segurança das informações

Os registros médicos de pacientes e de funcionários são considerados dados sensíveis e, a partir de 2020, o seu tratamento deve estar em conformidade com a nova LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Além de seguir as novas regras, também existe o risco de ataques digitais, já que os hospitais estão entre as instituições mais atacadas por hackers. O desafio de manter a conformidade e a segurança é cada mais complicado e, sem a presença de sistemas eficientes de gestão documental, o risco de violações é bem real.

Paula Tudisco, advogada do escritório Küster Machado, indica quais as principais ações que devem ser tomadas pera preservar a segurança dos dados no setor de saúde – todas podem ser implantadas com o uso de uma eficiente solução de gestão documental:

  • Fazer uma identificação de todos os dados coletados e armazenados pela instituição
  • Levantamento de pacientes (novos e antigos), colaboradores, prestadores de serviços, parceiros, sócios. É necessário que essas informações sejam categorizadas e monitoradas
  • Revisar as regras de privacidade para que fique muito bem definido quem poderá acessar, controlar, processar e transferir os dados
  • Revisar os termos de consentimento assinados pelo paciente e informá-lo para que, quando e por quem os seus dados foram ou serão utilizados, bem como a possibilidade de solicitar a exclusão desses dados
  • Investir em proteção física e virtual – as informações necessitam ser armazenadas em ambientes comprovadamente seguros e controlados
  • Contar com soluções de proteção e segurança, com redes criptografadas e softwares de monitoramento
  • Hospedar os dados em servidores seguros, com regulamentação sobre a segurança da informação

Insatisfação dos funcionários

Uma força de trabalho sobrecarregada de trabalho e, consequentemente, estressada, é um dos grandes desafios do RH no setor de saúde. Adriana Menescal, sócia-diretora do estúdio de soluções digitais Sirius Interativa, ressalta que a implantação de espaços digitais corporativos integrados traz novas formas de aumentar a produtividade e estimular o engajamento dos funcionários, reduzindo o estresse. Esse novo espaço incorpora ferramentas de colaboração em tempo real, o que facilita a execução das tarefas do dia a dia e também as de projetos especiais.

“Inovadoras ferramentas de colaboração incorporam novos recursos que permitem o acompanhamento de projetos, a colaboração remota, a geração de relatórios de atividades e a gestão compartilhada e centralizada de documentos. E também oferecem flexibilidade, facilitam o engajamento e aceleram a comunicação entre usuários internos e mesmo com os clientes e parceiros”, diz Adriana.

Como enfrentar os desafios do RH no setor de saúde

O papel do RH no setor de saúde é extremamente desafiador e, para atender as necessidades dos funcionários e novos requisitos, como a entrada em vigor da LGDP (Lei de Proteção de Dados Pessoais), as equipes devem estar atentas aos seguintes pontos:

1 – Investir em soluções de gestão documental

Automatizar as tarefas repetitivas e o gerenciamento do grande volume de dados dos funcionários leva a uma redução de custos, tempo e de recursos necessários nos processos de recrutamento e seleção de funcionários, além de contribuir para a sua retenção.

2 – Garantir a segurança dos dados

Soluções de gestão documental garantem que informações sensíveis dos funcionários estejam protegidas digitalmente em todas as etapas. E, com a customização e aplicação de regras de conformidade e de temporalidade, os líderes de RH sempre estão prontos para auditorias.

3 – Usar soluções para engajar os funcionários

Soluções de comunicação como sites, portais de negócios e de relacionamento, intranet e aplicativos são inovadoras formas de aumentar a produtividade e estimular o engajamento dos funcionários, melhorando a sua experiência e a cultura organizacional.

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