O Brasil é o 8º. maior mercado no mundo na área de saúde e conta com a 4ª. maior população médica do mundo, com 2,18 médicos para cada mil habitantes, com maior concentração no Sudeste. Nesse cenário é que está entrando em cena o conceito de Saúde 4.0, com forte migração de dados na nuvem no setor de saúde, aproveitando inovadoras tecnologias que geram mais transparência nas relações entre paciente e médico, e também entre a equipe médica, o ambiente hospitalar e os gestores hospitalares, além de maior eficiência em todos os processos.

Dados do Enterprise Cloud Index Report, divulgado no início de 2019, indicam o crescimento de migração de dados na nuvem no setor de saúde, com a adoção de soluções de nuvem híbrida que combinam serviços de nuvem pública e privada. O setor de saúde ocupa o terceiro lugar em número de implantações de nuvem híbrida.

As organizações de assistência médica estão em busca de maior eficiência nos seus processos e ao mesmo tempo precisam atender a uma variedade de necessidades críticas de TI, incluindo a necessidade de maior segurança, proteção de dados confidenciais de pacientes e atendimento à conformidade normativa, principalmente após a promulgação da lei que prevê a digitalização de todos os prontuários médicos.

Mais de 28% dos entrevistados da área de saúde indicaram a segurança e a conformidade como seu critério principal de decisão na escolha de onde executar workloads de dados na nuvem no setor de saúde.

Mas, segundo estudos desenvolvidos pelo Hospitalar, evento de saúde realizado há 26 anos pelo Grupo Informa, os profissionais de TI na Saúde enfrentam, de início, um grande desafio: a dificuldade em encontrar informações confiáveis capazes de ajudar a tomar alguma decisão na aquisição de insumos tecnológicos.

Como o setor hospitalar é um ambiente de integração total entre os meios físico e digital, o profissional de TI precisa implantar soluções para que o hospital possa adequar sua estrutura de modo a que a informação gerada entre seus setores flua da maneira mais correta, com mais agilidade e menor possibilidade de erro.

Implantando a estratégia de migração para a nuvem

Garantir um eficiente compartilhamento de informações requer uma estratégia de avaliação de criticidade e do ciclo de vida dos dados, digitalizando em primeiro lugar os mais sensíveis para os processos internos, para o controle da saúde dos pacientes, com maior necessidade de acesso e também os que devem ser armazenados por mais tempo. Digitalizar, por exemplo, um documento que pode ser descartado dentro de um ano certamente não vale o esforço.

Claro que a rotina hospitalar não ficará livre de documentos em papel do dia para noite, mas certamente uma estratégia de digitalização fará com que esse volume seja bem menor.

A experiência do usuário

A implantação de soluções que utilizam os dados na nuvem no setor de saúde precisa fazer parte de um ambiente que seja amigável para o usuário, fazendo com que a digitalização, integração e migração dos dados seja intuitivo e facilmente acessado, seja pela equipe médica ou pelos pacientes, principalmente por conta do crescente uso de dispositivos vestíveis com aplicativos de saúde.

No Brasil, segundo um estudo global da Gfk, 29% dos 4.900 entrevistados já utilizavam aplicativos móveis e dispositivos vestíveis para monitorar a própria saúde, proporção semelhante à encontrada entre os entrevistados norte-americanos.

Médicos destacam diversas vantagens desse monitoramento remoto da saúde dos pacientes com a migração de dados na nuvem do setor de saúde, avaliando, por exemplo, sinais vitais de doentes crônicos, que passa a ser feita sem que o paciente precise ir até uma unidade de saúde, a não ser em casos de emergência.

Entre os ganhos no uso de plataformas como essa, está a vantagem econômica de poder antever os gastos a partir da análise de clientes cadastrados, no caso das operadoras e das instituições de saúde, além de diminuir filas e tempo de espera nas unidades. E, para o paciente, a oportunidade de ter um tratamento customizado de acordo com as suas reais necessidades.

Melhores práticas para o modelo de dados na nuvem no setor de saúde

Especialistas da IBM indicam os requisitos de um modelo de nuvem capaz de atender todas as necessidades do setor de saúde:

  • Segurança de ponta a ponta, proporcionando um ambiente de segurança
  • Desenvolvimento de funcionalidades específicas para as necessidades do setor de saúde, incluindo governança dos dados, rastreamento, auditorias e interfaces para padrões e sistemas de dados de saúde
  • Conformidade com padrões de privacidade dos dados e normas regulatórias
  • Capacidade de entregar conjuntos de dados que gerem insights
  • Flexibilidade e escalabilidade para atender as crescentes necessidades de todo o ecossistema de saúde e cadeia de valor

Inovadoras tecnologias, como as soluções que utilizam os dados na nuvem no setor de saúde, trazem benefícios que como a eficiência e agilidade dos processos, garantem mais segurança e melhor atendimento para todos os envolvidos na cadeia.