As empresas brasileiras estão cercadas por uma burocracia tributária que, segundo estudo do Banco Mundial, afeta todo o ambiente de negócios. O relatório “Doing Business 2018” aponta a queda do Brasil da 123ª. para a 125ª. posição em competitividade. E outro estudo do Banco Mundial aponta o Brasil como o país onde as empresas gastam mais tempo para calcular e pagar impostos – obrigações tributárias principais e obrigações acessórias – chegando a uma média de 1.958 horas por ano.

O Código Tributário Nacional estabelece duas obrigações tributárias. A Obrigação tributária principal, que é o pagamento do tributo em si (imposto, contribuição, taxa etc) e a Obrigação tributária acessória, que são todos os demais trâmites burocráticos que servirão como base para o pagamento do tributo e futura fiscalização.

Entre as obrigações acessórias, que demandam muito tempo para serem calculadas, estão:

  • Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço
  • Emissão das guias de recolhimento dos tributos
  • Escrituração dos livros fiscais
  • Confecção e envio das declarações fiscais pertinentes
  • Demonstrações contábeis
  • Folha de pagamento, contracheques
  • Confecção e envio das declarações sociais

Prejuízos financeiros

E não é apenas o tempo gasto com todos os cálculos das obrigações acessórias que afeta o ambiente de negócios no Brasil. Calcula-se que 1,5% do faturamento anual das empresas no Brasil seja para este fim, conforme estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O alto custo da burocracia tributária é automaticamente repassado aos produtos e serviços, diminuindo consideravelmente a competitividade do Brasil e atingindo diretamente os consumidores.

Ainda segundo o IBPT, a planilha tributária brasileira inclui 63 tributos, 97 obrigações acessórias e 3.790 normas. Aumentando ainda mais a complexidade do sistema tributário, a cada dia são editadas uma média de 30 novas regras ou atualizações tributárias, o que faz com que, a cada hora, mais de uma nova norma deva ser seguida ou levada em consideração no cálculo dos impostos.

Para dar conta desse desafio, no Brasil, a cada 200 funcionários, 1 trabalha na área contábil. Nos Estados Unidos, essa proporção é de 1 para mil e, na Europa, 1 para 500.

Iniciativas para driblar a burocracia

O governo brasileiro vem adotando iniciativas para reduzir o chamado Custo Brasil, como a adoção do eSocial para empresas, e também um portal único do comércio exterior, entre outras. Com diversas medidas de desburocratização, o governo espera reduzir em 600 horas anuais o tempo gasto com o pagamento de impostos.

Hélio Donin Júnior, diretor da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas), acredita que até o final de 2018 esse tempo caia para um patamar de cerca de mil horas/ano, a partir da integração oferecida pelo SPED (Sistema Público de Escrituração Contábil) e a entrada em vigor do eSocial.

A complexidade da guarda e gestão de documentos

Além de todo o tempo gasto com o cálculo e pagamento de impostos e obrigações acessórias, as equipes responsáveis pela contabilidade também devem se preocupar com a guarda e gestão desses documentos, com prazos de validade extremamente variados e que devem poder ser acessados com rapidez e confiabilidade sempre que necessário.

A Access oferece toda a tecnologia e expertise necessária para simplificar a guarda e gestão de documentos, reduzindo o tempo gasto com trâmites burocráticos, liberando a equipe para a elaboração de ações que aumentem a eficiência dos processos internos e maior ganho de competitividade. Conheça todas as soluções para guarda e gestão de documentos oferecidas pela Access.