O CMN (Conselho Monetário Nacional) acaba de apresentar duas resoluções que afetam diretamente o funcionamento das fintechs que atuam no mercado de crédito. Desde o final de abril as fintech podem atuar como Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), sem a necessidade de intermediação de bancos. Até então, as fintechs apenas faziam a ponte entre os tomadores de crédito e os bancos, que eram a instituição responsável pelo empréstimo. E como a agilidade é um dos diferenciais das fintechs em relação aos bancos tradicionais, é hora de investir em serviços de formalização de contratos para oficializar as operações.

A SCD poderá oferecer empréstimos e financiamentos por meio de plataforma eletrônica com capital próprio. Elas poderão ceder os créditos em suas carteiras para instituições financeiras ou Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). A restrição é que a cessão seja para investidores qualificados.

Já a SEP trabalha no modelo “peer-to-peer lending”, com a plataforma eletrônica fazendo a intermediação financeira entre as partes – pessoas ou empresas – interessadas. Há uma limitação no caso de operação entre pessoas de R$ 15 mil em um único credor. Se o investidor quiser fazer diversas operações de até R$ 15 mil reais é permitido, desde que com pessoas e empresas diferentes. A SEP não pode operar com recursos próprios. Ela faz apenas a ponte entre poupador e tomador.

O tripé estratégico dos bancos digitais

Guilherme Horn, um dos pioneiros em fintech no Brasil, ressalta que o sucesso de um banco digital está apoiado no tripé marca, produtos financeiros e experiência do consumidor, apontada como a área de maior relevância nos próximos anos. E ele destaca a importância dos processos internos da organização, entre os quais podemos enquadrar a agilidade na formalização de contratos, como um dos pontos principais para entregar uma boa experiência.

“Acredito fortemente que a experiência do consumidor será o driver de decisão para a escolha de um banco… Porque a experiência do consumidor não está apenas no front end do site ou do aplicativo mobile. Esta é a parte mais visível e fácil do processo. O ponto principal está no desenho dos processos internos da organização, que devem ser repensados com foco na experiência do cliente. E isto requer um mindset diferente, o que pode representar uma enorme mudança de cultura no banco”.

Controle de risco

Em entrevista à Agência Brasil, Lucas Cimino, dono de uma galeria de arte, conta que as suas duas primeiras experiências no modelo peer-to-peer não foram tão boas por não terem sido exigidas garantias das empresas que tomavam os empréstimos. “É muito importante ter uma fintech que faça um bom controle de risco para os seus clientes e somente emprestar para empresas que têm capacidade de pagar. Tem que ser muito seletivo na hora de emprestar dinheiro, ter uma garantia em troca”.

Para esse controle de risco, a melhor estratégia é o uso de serviços de formalização de contratos, onde a empresa parceira atua no processo de verificação, digitalização e armazenamento final dos documentos, obedecendo às regras internas e exigências legais, facilitando e agilizando a tomada de decisão.

Além da vantagem de reduzir riscos, é preciso lembrar que a formalização de contratos realizada de forma manual é um processo lento e burocrático. Digitalizar todas as etapas, centralizando as informações, simplifica e agiliza os processos, reduzindo o tempo dispendido na organização e gerenciamento desses documentos. Conheça as soluções de formalização de contratos desenvolvidas pela Access com o uso de tecnologia de última geração.