Tendências de segurança de dados: Além das defesas tradicionais

Garantir a segurança de dados é vital para as empresas em um mundo onde as informações são consideradas um bem valiosíssimo. Assim como acontece com o petróleo, que precisa ser refinado e protegido, os dados também exigem um gerenciamento eficiente e proteção abrangente contra inúmeras ameaças. O avanço das práticas e tecnologias de segurança de dados se tornou, então, fundamental para a resiliência organizacional, capacitando as empresas a defender seus ativos inestimáveis.

Com a integridade dos dados e as ameaças à privacidade mudando rapidamente, as organizações são pressionadas a implementar soluções de segurança de dados inovadoras. Além disso, os órgãos reguladores também estão se adaptando, elaborando e revisando as regulamentações para lidar com esses desafios e o potencial de alcance excessivo dos processadores de dados. No Brasil, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) faz parte de uma longa lista de regulamentações internacionais que visam elaborar proteções abrangentes de privacidade de dados.

Tendências emergentes de segurança de dados

Em meio a esse cenário dinâmico, várias tendências importantes surgiram, oferecendo às organizações insights acionáveis para aprimorar suas medidas de segurança de dados. Neste artigo, listamos algumas dessas tendências emergentes cruciais para o futuro da proteção das informações.

Técnicas aprimoradas de criptografia de dados

A evolução contínua das tecnologias de criptografia é uma resposta à crescente sofisticação das ameaças cibernéticas e às demandas por privacidade de dados. Assim, ela continua sendo a base da segurança de dados, e os avanços nas técnicas criptográficas são essenciais para proteger informações confidenciais, como explicamos abaixo.

A criptografia homomórfica permite que cálculos sejam realizados em dados criptografados, sem que seja preciso descriptografá-los. E isso tem grande impacto na privacidade e proteção de dados, já que permite o processamento e análise de dados com segurança, mesmo em ambientes não confiáveis. Outra técnica com potencial para garantir o compartilhamento seguro de informações e a colaboração entre diferentes organizações, é a computação multipartidária (MPC), ou computação de preservação de privacidade. A técnica permite que várias partes façam cálculos e transações com segurança em uma rede, alcançando um resultado em comum, sem que seus dados privados sejam divulgados.

Além disso, novos padrões de criptografia aumentarão a proteção de dados em repouso, em trânsito e durante o processamento, garantindo que registros confidenciais permaneçam confidenciais e à prova de violação. Por exemplo, o National Institute of Standards and Technology (NIST) está lançando três novos algoritmos de criptografia este ano que podem resistir a ataques cibernéticos em computadores quânticos.

Computadores quânticos têm o potencial de quebrar algoritmos de criptografia tradicionais. Por isso, o desenvolvimento contínuo da criptografia quântica garantirá a segurança de dados a longo prazo à medida que as capacidades das ameaças cibernéticas evoluem. Esses avanços na criptografia, então, são cruciais para o gerenciamento de registros, oferecendo maneiras mais eficientes de proteção de dados sem impactar no desempenho atual ou futuro.

Soberania e localização de dados

As leis de soberania de dados exigem que os dados sobre os cidadãos ou residentes de uma nação sejam coletados, processados e armazenados nas fronteiras do país. A GDPR é um excelente exemplo de imposição de regras rígidas sobre transferência de dados para fora da União Europeia. Uma pesquisa da Scality descobriu que 98% das organizações globais já têm políticas de soberania de dados ou planejam implementá-las, refletindo o crescente impacto da soberania de dados nas operações comerciais internacionais.

Essa tendência enfatiza a importância de entender e cumprir todas as leis de proteção de dados. Também exige que os dados sejam armazenados de forma segura e acessível, em conformidade com regulamentos jurisdicionais, adicionando uma camada de complexidade ao gerenciamento e segurança de dados globais. Com isso, muitas organizações utilizam um parceiro para o gerenciamento de informações para garantir que seus dados estejam seguros, acessíveis e em conformidade em todas as regiões relevantes.

Arquivo de dados digitais

A relação entre arquivamento de dados digitais e segurança de dados está vinculada aos desafios em evolução para manter a acessibilidade das informações, ao mesmo tempo em que garante a conformidade com as regulamentações globais de proteção e privacidade. Há também a questão fundamental de saber se esses dados precisam ser destruídos ou arquivados. Para responder a essa questão, os sistemas de arquivamento digital estão evoluindo e adotando métodos avançados de proteção de dados e controles de acesso baseados em funções. Além disso, avaliações regulares de vulnerabilidades para proteger contra possíveis violações de dados e taxonomia e classificação automatizados também podem ser implementados.

Da mesma forma, com o crescente escrutínio sobre as políticas de retenção de dados, muitas organizações estão adotando princípios de minimização de dados — retendo apenas o necessário e descartando as informações com segurança para evitar potenciais riscos de segurança. Essa mudança aborda as preocupações com a segurança de dados, ao mesmo tempo em que se alinha com padrões regulatórios e éticos mais amplos, garantindo que as estratégias de arquivamento de dados contribuam para o objetivo de administração abrangente de dados.

Como a interação entre arquivamento de dados e segurança continuará a evoluir, principalmente devido aos avanços tecnológicos e pelas crescentes demandas por soberania e privacidade de dados, as empresas precisam conquistar maior resiliência operacional e garantir acesso controlado seguro e estável, evitando que ameaças consigam interromper a operação.

Por isso, organizações que reforçam suas práticas de arquivamento de dados se posicionam com maior sucesso, pois a longevidade e a integridade dos dados se tornam questões mais proeminentes no futuro.

Governança aprimorada e gerenciamento do ciclo de vida de dados

Com o crescimento exponencial do uso de dados, a governança eficaz e o gerenciamento do ciclo de vida são funções críticas. À medida que os volumes de dados aumentam, também aumenta a complexidade de gerenciá-los com segurança durante todo o seu ciclo de vida. Um estudo da Statista previu que os dados globais crescerão para 181 zettabytes até 2025, enfatizando a importância da governança no gerenciamento dessa vasta quantidade de dados.

Multas regulatórias por violação de dados destacaram as implicações financeiras do gerenciamento inadequado das informações, com empresas enfrentando penalidades que chegam a milhões de dólares sob leis como a GDPR. Nesse cenário regulatório crescente, as organizações estão priorizando a confiança do cliente e praticando a segurança de dados responsável, indo além dos padrões definidos pelos regulamentos de conformidade. Este compromisso com o aumento da segurança de dados ressalta a necessidade de políticas e práticas abrangentes que abranjam a criação, armazenamento, uso, arquivamento e exclusão eficiente de dados.

Portanto, implementar uma solução robusta para a governança de dados e o gerenciamento de ciclo de vida garante que as informações sejam protegidas e gerenciadas de forma eficiente, reduzindo riscos e melhorando a conformidade.

Conclusão

A jornada em direção a uma estratégia de segurança de dados mais abrangente é marcada pela necessidade de as organizações implementarem medidas técnicas avançadas, como criptografia, mas também adotarem uma visão holística do gerenciamento de dados. Isso inclui entender o ciclo de vida dos dados, da criação ao arquivamento e descarte, garantindo a conformidade com regulamentações cada vez mais rigorosas.

Olhando para o futuro, a convergência dessas tendências aponta para um programa integrado de segurança de dados, no qual governança, tecnologia e política trabalham juntas para proteger contra um espectro de ameaças cibernéticas.

Adotar essas tendências pode levar a uma estratégia dinâmica de segurança de dados que seja adaptável, com visão de futuro e resiliente. Ao fazer isso, as empresas conseguem não apenas navegar pelos desafios do presente, mas também estabelecer as bases para um futuro seguro e orientado por dados.

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