A transformação digital é um conceito que remonta ao final dos anos 1990 e tem sido uma palavra de ordem popular por tanto tempo que beira o clichê. Em sua essência, a transformação digital abrange tantos tópicos diferentes em tantas gerações de tecnologia que é quase impossível definir.

A Salesforce descreve a transformação digital como “o processo de usar tecnologias digitais para criar novos  – ou modificar – processos de negócios, cultura e experiência do cliente para atender às mudanças nos requisitos de negócios e do mercado”.

Esse é um bom ponto de partida, mas demonstra por que é tão difícil definir o que é transformação digital.

O que a transformação digital realmente significa

Há 30 anos, seria perfeitamente normal esperar que um pacote demorasse duas semanas ou mais para ser entregue, e ninguém se preocuparia com o processo logístico. Agora, no momento que um pedido é feito, o cliente espera poder rastreá-lo desde sua saída até o recebimento.

Assim, definir a transformação digital é mais fácil descrevendo as várias tendências que a compõem.

Tendências para 2022

Inteligência artificial (IA)

Enquanto houver listas de tendências de tecnologia e a verdadeira IA não estiver totalmente pronta, ela continuará a ser descrita como uma tendência.

A IA está habilitada para a gestão da informação há mais de uma década. Mas, como observou o ex-presidente da ARMA, Jason Stearns, durante um episódio do Out of the Box Live, “a IA é uma ferramenta que está nos aproximando de onde queremos estar, mas ainda não chegamos lá”.

Expansão para além do escritório

Apoiar uma força de trabalho reduzida ou distribuída por diversos locais, em grande parte, fará parte da estratégia digital de uma empresa e irá impulsionar a transformação digital durante 2022 à medida que investimentos e desinvestimentos são feitos em tecnologia e talento.

Para Vala Afshar, Chefe de Evangelização Digital da Salesforce, “o local de trabalho evoluiu rapidamente e, com ele, as expectativas dos funcionários – as empresas são forçadas a oferecer experiências digitais e conectadas em primeiro lugar para impulsionar a produtividade e reter talentos”.

Repensando a estratégia de nuvem

Embora muitas empresas tenham migrado determinadas funções para a nuvem, é provável que isso se torne uma iniciativa para toda a organização em 2022.

“Aumentar as habilidades das forças de trabalho remotas e híbridas continuará sendo uma tendência importante”, afirma Bernard Marr, consultor estratégico de negócios e tecnologia e futurista, “mas também veremos inovação contínua na infraestrutura de nuvem e data center”. O local onde os dados serão armazenados estarão no foco devido às preocupações com a privacidade.

A International Data Corporation observou que até 2023 gerenciar, otimizar e proteger os recursos de nuvem e conjuntos de dados serão os desafios operacionais de TI mais críticos para as empresas.

Experiência digital revisitada

A transformação digital nos últimos anos aconteceu rapidamente, sem muita previsão ou planejamento. Este ano, haverá uma continuação dessa jornada para preencher a lacuna entre a experiência física e digital dos clientes.

“Frequentemente, a jornada digital é projetada de forma isolada da física, explica Chris Gianutsos para a AD Age, e isso “inclui também jornadas pós-venda, serviços e suporte. Embora seja óbvio que uma ótima experiência de compra que é interrompida quando o cliente precisa de ajuda pode levar a problemas de retenção, as empresas geralmente não pensam e executam essas jornadas de ponta a ponta”.

Para Rick Villars, do IDC, “empresas que oferecerem experiências digitais otimizadas no espaço de trabalho, lazer e saúde conquistarão uma vantagem de longo prazo na conquista e retenção do cliente”.

Automação Robótica de Processos (RPA)

O RPA é utilizado para automatizar rapidamente tarefas manuais orientadas pela interface do usuário. No curto prazo, isso pode fornecer ganhos rápidos para as empresas que buscam liberar recursos. Entretanto, a dependência excessiva de RPA  para qualquer estratégia de transformação digital pode resultar em dívida técnica e acabar retrocedendo uma empresa em sua jornada de transformação digital.

“As empresas terão dificuldade em expandir o RPA para passar de projetos piloto para uma grande força de trabalho digital”, comenta Amelia Scott, da TheNextTech, “devido em parte à manutenção pesada e cargas de suporte de RPA necessárias para atender a um grande número de processos automatizados em produção”.

As empresas que implementaram o RPA  passarão os próximos anos descobrindo como orquestrá-los em escala.

Hiperautomação

O Gartner observou que nenhuma dessas tendências ou tecnologias substituirá as pessoas. A hiperautomação, em vez disso, “envolve uma combinação de ferramentas, incluindo o RPA, software de gerenciamento de negócios inteligente (iBPMS) e IA, com o objetivo de tomar decisões cada vez mais orientadas por IA”.

Esses processos não podem ser implementados de forma isolada ou pontualmente em uma empresa. Da mesma forma, o sistema deve automatizar fluxos de trabalho repetitivos para liberar os funcionários para trabalhos mais estratégicos.

Essas tendências são apenas algumas das que compõem o mundo da transformação digital este ano. Entender qual tendência capitalizar será tão único quanto os desafios que as empresas terão que enfrentar. Uma coisa é certa, a transformação digital não é mais uma opção, é um imperativo.

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